ZUNÁI - Revista de poesia & debates

 

 

POESIA E VISUALIDADE EM ROBERTO ECHAVARREN

 

por Antonio Francisco de Andrade Júnior

 

Nos últimos anos, a crescente produção poética hispano-americana vem conquistando novos espaços de circulação e discussão nos meios culturais e acadêmicos não só de países de fala hispânica, constituindo-se numa das mais instigantes e criativas representantes da poesia do séc. XX na América Latina. No Brasil, o diálogo com essa poesia começou através do interesse pelas obras, já canônicas, de poetas notáveis como Octavio Paz, Lezama Lima e Jorge Luis Borges. Silviano Santiago, inclusive, num ensaio sobre a recepção da obra de Mário de Andrade, chama a atenção para os estudos comparativos dos professores Emir Rodríguez Monegal e Raúl Antelo, considerando-os os primeiros passos da crítica universitária da década de 70 no sentido de tentar articular relações concretas entre as literaturas brasileira e hispano-americana (Cf. SANTIAGO, 2002). Na última década, esse diálogo continuou sendo desenvolvido, por exemplo, com os textos de Néstor Perlongher, já bastante conhecido entre nós através de traduções e de estudos sobre sua obra. Hoje inúmeras publicações, principalmente não-acadêmicas, comprovam o interesse de nossos poetas, leitores e editores em intensificar uma produtiva relação de troca com a nova produção hispano-americana, tanto que uma das mais recentes revistas de poesia lançadas por aqui, a Grumo, trata-se de uma cooperação internacional entre Brasil e Argentina, com poesias, ensaios e entrevistas de autores de ambos os países. Além desta, outras como a carioca Inimigo Rumor e a paranaense Et cetera, de grande repercussão no nosso meio cultural, sempre trazem em seus números novos e velhos textos de autores hispânicos contemporâneos já conhecidos em seus países de origem. Um dos nomes que vem freqüentando esse tipo de publicação, mas que ainda continua pouco divulgado por aqui, é o de Roberto Echavarren, reconhecido poeta, crítico, romancista, tradutor e cineasta uruguaio, cujos trabalhos mais marcantes datam do iníco da década de 80 em diante.

A partir dessa época, um dos eixos que podem ser considerados fundamentais para a aproximação das produções poéticas brasileira e hispano-americana vai ser o da relação entre lirismo, subjetividade e visualidade. Esse eixo articula as relações entre a sociedade atual, marcada pela proliferação das imagens, e a poesia, que, enquanto prática discursiva inserida neste contexto, revela criticamente suas tensões, demonstrando assim que toda a vertiginosidade caótica do visível constitui-se ao mesmo tempo em estímulo e perigo para a construção das subjetividades. Este posicionamento crítico, se tomado como critério de valor, coloca a poesia na contramão de outras práticas discursivas aliadas à mídia, o que equivale a dizer que a incursão poética na linguagem visual desestabiliza as estereotipias presentes na sociedade contemporânea.

É através desse diálogo entre linguagem verbal e visual que Roberto Echavarren problematiza a identidade lírica, afastando-se de padrões pré-fixados e configurando uma correspondência entre a fragmentação do espaço poético-visual e a do próprio eu. Um dado significativo de sua poesia é o de que essa fragmentação sempre se dá na relação com o outro, figurado ora como uma segunda, ora como uma terceira pessoa, ou mesmo indiciado pela mediação de um objeto. No poema "Advertencia", de Animalaccio (1986), por exemplo, representa-se o movimento simultâneo de constituição e esfacelamento do sujeito face ao outro. Este movimento é metonimizado aí através da imagem de um cinzeiro quebrado e reconstituído pela colagem de seus cacos, numa operação que tenta refazer a integralidade do objeto que já não é mais o mesmo, tornando-o uma imagem inquietante: "No me queda de ti sino el cenicero;/ lo trajiste, lo rompiste,/ lo pegué,/ monumento de pensar en la mano,/ cónclave. (...)." Tal procedimento pode ser comparado ao do poema "Cerâmica", de Carlos Drummond de Andrade: "Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara./ Sem uso,/ ela nos espia do aparador.", no qual Celia Pedrosa aponta a identificação entre sujeito e objeto, ambos configurados como formas dialéticas de inteireza e fragmentação através de um olhar "que transtorna o lugar e o sentido habitual das coisas" (Cf. PEDROSA, 2002).

Esse modo de olhar dúplice que constrói o estranhamento a partir de objetos comuns como o cinzeiro e a xícara é também o mote de constituição da paisagem em Echavarren. Dessa maneira, unem-se numa mesma construção sintática referências diversas, frutos do desdobramento de uma cena cotidiana. Um bom exemplo disso é o poema " Punto de rebote y desintegración" , do livro Animalaccio:

(...)
Él solo en la mesa, los dedos en la boca,
sabe que su pulpo no transita,
pero se extiende en el techo del bar,
se desmiembra en desmembramientos sucesivos
izado de la coronilla, transportado al sito del desastre,
estudia y aprende una escena
embelesada con la extensión de un brazo,
anticipa tintineo en brillos, trompa de ventosa.
mas el sol de mar, el ámbito del mástil,
¿será jamás seguido para degüellos de la llama
sobre la colcha turquesa?
Giboso en la sombra, pantalla en la cocina,
ese ritmo a dos tiempos, ese abuelo ritmado
es un hombre en una casa con un perro blanco.

Neste poema, assim como nos outros, a construção da imagem nunca é estática, variando de acordo com o movimento rítmico-sintático do texto. Dessa maneira, passa-se de uma imagem a outra, compondo-se a paisagem através de "desmembramentos sucessivos", que marcam a fragmentação do real. Essa fragmentação é encenada através da imagem tentacular do "polvo", funcionando como leit-motif para a construção do insólito. A transitoriedade das imagens desobece os princípios de verossimilhança, colocando o sujeito num lugar de instabilidade, mais comum ao universo onírico do que ao real. No poema, essa transitoriedade do visível une elementos conflitantes, levando ao esfacelamento tanto da imagem quanto da própria perspectiva lírica. Tal movimento é metaforizado por Echavarren como um "ritmo a dois tempos", que impõe à interpretação o entendimento complexo da construção semântico-visual.

Em muitos poemas, o cromatismo contrói essa variação rítmica, o que demonstra a preocupação de se trabalhar a construção dos sentidos a partir de elementos visuais. No poema "El Napoleón de Ingres", de La planicie mojada (1981), por exemplo, a mudança de cores evidencia o diálogo com o universo pictórico do quadro referido no título, que, em vez de percebido numa perpectiva contemplativa totalizante, fragmenta-se em detalhes que vão sendo investigados com tal agudeza que as imagens coloridas se misturam sinestesicamente a outras sensações, como o tato e a audição, adquirindo assim vida e movimento. Vejamos então alguns fragmentos desse poema:

La alfombra o el caminero sobre un fondo central amarillo,
muestra un águila marrón, que cubre con las alas
abiertas el escalón tridimensional donde el Emperador
asienta su figura que de otro modo y de punta en blanco
provendría del Elíseo.
Los bordes del caminero son rojos
y sobre fondo negro ilustran las figuras del zodíaco:
(...)
El color de la seda, su textura
son casi metálicos: un zepelín por el cielo
propelido azul de Prusia, un dragón chino
volante en su trueno de metales;
(...)
el calor expectante de la alfombra amarilla y roja.
(...)
borlas y sementeras de borlas en un din don
de perfecto movimiento y perpetuo triunfo.
(...)
El cabo del cetro toca apenas
con su última esfera de oro la alfombra,
el águila marrón desplegada allí a su servicio.
El plumaje del águila ofrece una espalda cálida
para que él la rasque con la varita.

Os dois poemas citados acima demonstram como a poética echavarriana é polimorfa. Jogando com elementos heteróclitos, ora coloquiais ora eruditos, ela problematiza antinomias presentes desde o início do processo de formação da poesia moderna, tais como realidade e sonho, insólito e verossímil. Nesse sentido, no poema "El claro", de Animalaccio, Echavarren tenta apagar o contraste entre claro/escuro, paradigmático da oposição entre razão e imaginação, que desde o Iluminismo vem se constituindo como uma das principais tensões da arte ocidental. Nele, a idéia de luz se vincula à de desordem, contrariando a lógica iluminista, pois em lugar de representar uma energia produtiva e esclarecedora, a luz não leva a nenhuma parte, a não ser ao vazio:

Ahora puedo escribir en pleno día
sobre el acolchado de la llovizna nivosa.
No lleva a ninguna parte;
deja la luz en desbandada, los ojos en barbecho.
Esta vez no es como las otras.
Las trampas de cazar erizos traquetean en el vacío.
El coto resuena con el caballo que estuvo ayer.
El invierno es la estación cuando el cielo, borrado de pájaros,
cruje de súbito junto a un banco de madera.
Fue un pájaro, me dirás; yo podré estar de acuerdo.
Ahora - de día - estamos recogidos como a la noche.
(...)

Nesse poema, a luz do dia afasta-se das idéias tradicionais de nascimento, vida e começo, mantendo a tensão entre presente e passado e caracterizando a escritura poética como uma forma de desestabilizar evidências com relação ao real. Nele, a imagem do pasto que ressoa com o cavalo que já não está ali demonstra a impregnação do hoje pelo ontem. Essa desestabilização é comprovada aí através do fato de que idéias ligadas ao obscuro como morte, melancolia e rememoração passam a integrar o dia como se quisessem lembrar que sua energia solar não exclui entretanto os elementos problemáticos. Tudo isso leva ao apagamento das diferenças entre luz e sombra, dia e noite, demonstrando que o invisível constitui parte inseparável do visível. Assim, o poema "Lo invisible", de Universal ilógico (1994), pode ser considerado um exemplo da desestabilização dos conceitos de visibilidade e invisibilidade:

¿Ves? ¿Ves tú por el riel
de tu nombre, de este nombre
que te llamo, invisible?
(...)
tú y yo, vocativo de la voz perdida
(...)
me derrotaste un año al ajedrez,
ahora me derrotaste al ofrecerte.
(...)

Esse poema institui um interessante recurso de nominalização que concretiza o invisível, personificando-o num vocativo. No entanto essa concretização se dá através de uma forma escorregadia que é a da palavra. Desse modo, o poeta evidencia a impossibilidade de se eliminar as tensões que constituem a relação entre o eu e o outro, fundados na linguagem poética e visual. Por isso, nesse mesmo poema, a subjetividade perde-se em vez de absolutizar-se, da mesma maneira que o colocar-se diante do outro aí não se institui como uma atitude de afirmação da própria diferença. Esse encontro, pelo contrário, torna-se um lugar de abismamento do sujeito - "tú y yo, vocativo de la voz perdida".

E comprovando que esse abismamento passa pela tensão com o olhar alheio, Echavarren, em três versos pirmorosos do poema "Mella", de Animalaccio, consegue concentrar seu processo de escritura, que vai do questionamento da visualidade ao da subjetividade, dizendo:

me clava
el triángulo pintado en tu espalda
blanco sobre negro con un ojo negro sobre blanco.
(...)

Neles, explorando o contraste entre o branco e o negro (duas não cores), o poeta cria um efeito en abyme através do jogo de suprematismo, cuja proposta modelar do quadrado negro sobre o fundo branco da pintura de Malévitch, seu pioneiro, era de infigurabilidade (Cf. MALÉVITCH, 1996), mas que, em Echavarren, funda a tensão entre figuratividade e abstração, mesclando triângulo e olho, cuja presença, mesmo numa tatuagem, faz ecoar a tensão entre eu e outro.

Já no poema "zona radial", também de Animalaccio, tal tensão é representada através da metáfora do espelho, operando assim a duplicação do próprio sujeito num outro - operação esta cuja raiz moderna fora lançada já pela máxima rimbaudiana "Je est un autre!" Esse "outro" echavarriano, apesar de movimentar os lábios por detrás do espelho, é mudo: "En un espejo estamos mudos y movemos/ lejanos labios de cuarzo." Essa mudez indicia a relação problemática entre imagem e som, significante e significado. Não à toa um dos seus títulos é Oír no es ver/To hear is not to see, em que o autor trabalha essa (in-)correspondência entre palavra e imagem. A imagem refletida no espelho, a princípio compreendida só como reprodução do real, não como signo - representando a identificação narcísica com a própria subjetividade -, quando índice de um mergulho problematizante no eu, passa a beirar a autonomia. Essa questão é argutamente identificada por Umberto Eco no ensaio "Sobre espelhos": "Este roubo da imagem, esta tentação contínua de considerar-me um outro, tudo faz da experiência especular uma experiência absolutamente singular, no limiar entre percepção e significado" (ECO, 1989, p.20).

E esse limiar entre recepção e significado, entre reprodução e autonomia do signo visível, provoca uma interpretação das imagens do espelho não só como imitação mimética, mas também como produção fantasmagórica que assombra o sujeito. Esta espectralidade, seguindo a linha da poética echavarriana, funciona tanto como instrumento de questionamento da subjetividade quanto da realidade empírica, sendo por isso muitos de seus poemas - como "Resurrección", "Nostalgia" e "El expreso entre el sueño y la vigilia" - marcados pelo "transparente" e pelo "translúcido".

Concentrando-nos ainda mais nessa questão do "limiar", de que fala Eco, percebemos que a metáfora dos espelhos representa também a tensão entre profundidades e superfícies. Nesse sentido, Echavaren diz os seguintes versos: "El sentido íntimo de las cosas es una membrana sin espesor atravesada por una navaja" (em "Amores", de Animalaccio), "Oír no es ver/ ramas de lívidas cicatrices" ( em "Real", de Universal ilógico) e "cada brazo remueve una/ banda de pájaros amarillos por la dudosa nueva profundidad/ que sin embargo todavía es un vibrato" (em " Baile sobre un puente", de La planicie mojada). Dessa maneira, o poeta pode criticar a concepção lírica que concebe o fazer poético como expressão de um eu lírico configurado como realidade unívoca e pré-existente, sentido "profundo" que só a linguagem poética podia ser capaz de exprimir, denunciando a fragilidade de todo sentido.
Para essa discussão sobre a fragilidade tanto do sentido quanto da subjetividade, pode-se acrescentar a leitura do poema "Sanguiño", de Aura Amara (1989):

Los dioses son una edad de los hombres
también un elemento no armónico luego de síntesis en el miedo;
se me transforma de hombre a mujer
basta un parpadeo, un ruido en su terminología:
escena de la fractura de Dios que se enamoró de su caballo.
(...)

Nele Echavarren aproxima a figura dos deuses à dos homens, desestabilizando assim a separação entre o sagrado e o profano, homem e mulher. Desta forma, ele explora o choque entre as tradições mitológica e cristã para desconstruir a concepção de sujeito lírico como um "sim existente" (Cf. SÜSSEKIND, 1998) que exclui de sua formação qualquer perigo de contradição ou mudança. Daí também podemos começar a compreender a importância do corpo do andrógino na sua obra, representando aí outro modo de problematização dos padrões identitários incapazes de dar conta da subjetividade do homem contemporâneo.

Paradoxalmente, o corpo, que durante muito tempo foi símbolo de liberação e de autoconhecimento, hoje vem se tornando, através de seu "culto" midiático, um forte meio de alienação com relação à problemática que envolve a formação da subjetividade e da sexualidade humanas, e, por conseguinte, de cristalização de identidades sexuais marcadas pela estereotipia ideológica. Por isso, Echavarren provoca o estranhamento com relação ao corpo através da descrição da figura andrógina (também chamada de transgenérica). Isso se coaduna com o que afirma Paola Cortés Rocca (Apud ECHAVARREN, 2000, p.301-7), para quem a androginia é um modo particular de construção dos sujeitos sobre os corpos, como um modo de escrever concepções de vida sobre a textura corporal a partir de materiais diversos como o cabelo, a maquiagem, o látex, o couro, etc... Mas o interessante é que, em Echavarren, essa forma heteróclita de construção tampouco chega a fixar-se, pois há uma incompletude operada ora pela substituição ora pela elipse da imagem central, conforme a marca neobarroca da poesia hispano-americana, na qual ele se insere. Essa forma enigmática é, na sua poesia, algo ao mesmo tempo fascinante e repulsivo, fonte simultânea de desejo e terror, de beleza e estranheza.

O poema "Imbuche", de Animalaccio, é um emblema dessa ambigüidade que caracteriza, na verdade, todas as fobias sociais e sexuais com relação ao desconhecido. Em psicanálise, reprimimos aquilo que nos atrai e que não é aceitável segundo a ordem vigente. O andrógino, por isso, é uma ameaça à estabilidade de todos os padrões. De tal forma que, no poema, utilizando a 3a pessoa do plural, Echavarren diz:

No pudieron resistir, no pudieron mirar
tu hermosura, tu comercio con el aire,
Narinas, boca, ano, sexo, oídos, ojos:
cosieron tus aberturas.
Monstruo de hermosura...
(...)
Te devolvieron la tortura puntada por puntada.
Ya no prometes nada a nadie.
(...)
Pusieron dique a tu amenaza.
Te veneran cerrado.

Nesse poema, Echavarren demonstra não só a tensão entre atração e repulsa, como também entre monstruosidade e beleza, promessa e ameaça, deflagrando assim uma dialética entre o dentro e o fora que é brutalmente interrompida pelo fechamento das aberturas desse sujeito-objeto. Nele, ao apontar para a figura dos olhos, o poeta desvela a sua importância como órgão mediador da relação entre sujeito e mundo, evidenciando assim o valor do olhar como índice simultâneo de constituição e de fragmentação da subjetividade. Com isso, o texto questiona a tentativa alienada de se obstruir essa relação, de tal modo que, mesmo depois da costura dos olhos alheios, esse estranho corpo fechado continua sendo motivo de veneração. Dessa maneira, podemos refletir que a poética echavarriana dialoga criticamente com a problemática da sociedade contemporânea, trazendo à tona suas principais tensões e desfazendo os estereótipos gerados pela proliferação de imagens midiáticas através do instigante diálogo entre poesia e visualidade.

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Antonio Francisco de Andrade Jr. é graduando em Letras pela Universidade Federal Fluminense, onde foi recentemente aprovado para o mestrado em Literatura brasileira e teorias da literatura. Já desenvolveu pesquisa sobre a relação entre poesia e psicose e sobre a poética de Manoel de Barros. Com este trabalho, que teve apoio do CNPq, e que foi orientado pela prof.a Dra. Celia Pedrosa, ganhou o 2o lugar do Prêmio UFF Vasconcellos Torres (2003).

 

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